“A primeira vez que vi estas fotos eu era criança, devia ter por volta de sete ou oito anos. Foi minha mãe que mostrou. Estava tudo numa pasta escolar de papelão, bem surrada, acho que amarela ou laranja. Lembro de ter pensado “ih, roubaram os parachoques do carro”, enquanto devorava o conteúdo da pasta.
A escolha do carro? Arrisco um palpite: uma matéria mostrando o Bird Clemente batendo o recorde de velocidade com um Opala, na Castelo Branco, em 1970. Deve ter saído daí a inspiração.
Já devo ter lido umas 300 vezes as matérias de jornal que meu pai guardou. O lance que deu a vitória ao Edgard eu sei de cor e salteado: “briga feia com Estanislau Franco, fechadas durante toda a prova, freada na marca de 30 metros na curva do Sargento, Opala sem freio na traseira, Maverick rodando na grama, Edgard vencedor na primeira corrida da Equipe Ravel”.
Parece coisa de filme americano, mas aconteceu na vida real. Ali mesmo em Interlagos, no ano de 1974. Dá vontade de ligar pro Oliver Stone e dizer “hey, mr. Stone, tem uma história aqui que você vai adorar, check this out...”
Uma coisa que eu nunca perguntei pro meu pai foi o porque da equipe ter acabado. Olhando essas fotos hoje eu percebi que, inconscientemente, nunca tive vontade de perguntar. Todas as coisas boas chegam a um fim, mas ninguém é obrigado a saber as circunstâncias desse fim. Prefiro ficar com a imagem do Edgard com o braço pra fora recebendo a bandeirada. O final perfeito de todas as histórias de automobilismo: no lugar mais alto do pódio”.
Essa postagem é uma grande homenagem ao Edgar, ao saudoso Veloz HP que foi quem me contou sobre essa corrida no blog do FG anos atras, e o Seu Brito que está ajoelhado no capô do opalão
Esse é o opala da famosa corrida do pega com o maveco, o mais interessante é que o carro ficou conhecido como o causo da lixeira. Mas essa parte ou o Leonardo ou o próprio Edgar é que terão de narrar.
Pra mim essa foi a melhor corrida do Edgard.
O carro ta na linha de montagem e será publicado aqui no blog.
E nessa última foto dá pra ver que o carro usava placa. Como assim??!!
ResponderExcluirOi, Mauricio.
ResponderExcluirEu suspeito que meu pai tenha usado um carro do estoque da loja na época, por isso o Opala estava emplacado.
Um dia desse me bateu a vontade de fazer uma pesquisa histórica no DETRAN pra saber o paradeiro desse carro.
Sobre a escolha do carro, que se pese a influência de De Lamare.
ResponderExcluirFato inusitado foi a escolha de um Gran Luxo 4 portas em detrimento de um SS ou Especial coupé 72. O que contribui para sua explicação a propósito do estoque.
Eu queria ser uma mosquinha preta com o emblema da John Player Special nas asas só pra ver a reação do Edgard quando ver esse material...
ResponderExcluirGrande Leo, quem sabe o Edgar aparece por aqui e escreve algo de muito valor pra nós todos.
ResponderExcluirTo na espectativa.